Bonequinho de paleito criando conteúdo em um quadro. Outro bonequinho consumindo conteúdo no banheiro consumindo conteúdo.

7 gestos de uma comunicação humana nas redes sociais

Muitas(os) criadoras(es) de conteúdo esquecem que por trás de cada curtida, compartilhamento e número de seguidoras(es) existem seres humanos reais.

Além disso, a comunicação ‘online’ não consegue transmitir e emoção, a linguagem corporal, entre outros aspectos das nossas interações ‘offline’.

Por isso, criei essa listinha com alguns gestos simples que podem ajudar a humanizar nossa comunicação nas redes sociais 🙂

1. Falar com uma pessoa

Você lembra de ter visto algum vídeo começando com “E aí, pessoal? Tudo bem com vocês?” ou “Oi, gente! Como vocês estão?”.

Isso não está errado, claro. Mas a maioria das pessoas não consome conteúdo em grupo. Já que tendemos a fazer isso sozinhas(os), por que não levar isso em consideração na hora se comunicar?

“Tudo bem com você?”.
“Vou te passar uma dica…”
“Você não sabe o que aconteceu…”

Para quem consome, existe a percepção de conversa, algo mais direto e pessoal.

Isso é contraintuitivo e desafiante no início, mas nos ajuda a lembrar que a comunicação acontece no ouvido de quem ouve, não na boca de quem fala 🙂

P.S. Não está errado falar para um grupo de pessoas 🙂 mas se você preferir que a pessoa se sinta em uma conversa 1-1, isso pode te ajudar.

2. Falar mais no feminino

Para mim, é importante falar “engenheira” e “programadora”. Ou perguntar: “você se sente animada para a próxima atualização?”.

A língua portuguesa usa o masculino como padrão. E, na minha opinião, equilibrar isso é importante.

Eu não preciso usar apenas o feminino, claro. Mas balancear como me comunico. Por mais que isso seja contraintuitivo e desafiante no início.

Primeiro, porque acredito que as palavras que usamos no dia a dia influenciam como pensamos. Por isso, busco colaborar com uma cultura de igualdade.

Segundo, porque minha audiência atual é majoritariamente feminina. Será que faz sentido eu priorizar o uso do masculino?

P.S. Não está errado usar o masculino. Porém, pensa nas pessoas que consomem seu conteúdo e notam o seu gesto. Já recebi algumas mensagens carinhosas de agradecimento. Uma pequena mudança que vai longe 🙂

3. Usar canais mais ‘próximos’ das pessoas

Criar conteúdo em formatos mais ‘densos’ e que tenham uma experiência mais intimista pode ser uma forma de se aproximar da sua audiência. Seja em formato de áudio, video (ao vivo ou não), etc.

Ter um contato direto das pessoas também pode te ajudar. Seja por uma lista de e-mails, um grupo de WhatsApp, um canal no Telegram, por aí vai. Ou seja, não fazer o relacionamento de vocês depender apenas do algoritmos das redes sociais [que sempre oscilam].

4. Chamar as pessoas pelo nome

Parece bobo. Mas é um gesto extremamente raro. Ele demonstra que você está prestando atenção. Não apenas respondendo de forma genérica.

Eu amo fazer isso porque lembro da sensação que tive quando alguém que eu admirava me chamou pelo nome. Me senti escutado.

Ah, se você for uma pessoa com uma audiência grande isso tem um peso ainda maior!

5. Emojis e recursos de escrita

Nossa percepção sobre conversas não vem apenas das palavras que escutamos. Mas da forma como foram ditas.

Somos muito influenciadas(os) por gestos, linguagem corporal, tom de voz, as pausas em silêncio, entre outras coisas que apenas palavras não conseguem expressar.

Esses elementos se perdem quando conversamos ‘online’.

Pensar em formas de emular esses traços na nossa comunicação ‘offline’ pode ter um grande impacto para nos aproximar das pessoas que recebem a nossa mensagem.

Eu, por exemplo, uso emojis e outros recursos de escrita para tentar replicar a emoção e intensidade da mensagem que quero transmitir.

Um ‘obrigado’ é percebido de forma muito diferente de um obrigado! 🙂

6. Co-criar

Criar algo juntos é uma das formas mais legais de se aproximar da sua audiência. Isso também colabora para moldar uma experiência mais alinhada com todo mundo.

Exemplo: ao criar minha newsletter, perguntei o que as pessoas curtiam (ou não curtiam) em newsletters.

Também documentei o processo de co-criação compartilhando as respostas que recebi por duas razões:

1. Mostrar que realmente li as opiniões com atenção.

2. Ajudar outras pessoas que também quisessem criar.

7. Não se guiar por número de seguidoras(es)

Já conheci pessoas incríveis com perfis que não tinham muitas seguidoras(es). Se você é uma pessoa que vê métricas como ‘certificado de um trabalho bom’ e só se conecta com quem tem uma audiência grande: considera reajustar o seu parâmetro de qualidade.

As redes têm ‘sociais’ no nome porque são sobre conexões humanas 🙂


Obrigado por ler até aqui 🙂

Quer saber mais sobre o poder das nossas conexões online?

🎙 Neste episódio do PodCrê, falamos sobre as ‘bolhas sociais’.

Tiago, criador do Criatividade Sem Bloqueio e fundador do Tira do papel.

Eu crio reflexões visuais que ajudam pessoas a começar (e continuar) a praticar sua criatividade sem pirar no processo.

Se você quiser se juntar a 30,000 pessoas que recebem minha curadoria de links criativos e mini-reflexões, considera se inscrever na minha newsletter gratuita 🐢